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sábado, 24 de agosto de 2013

GUADUA TRINII - bambu nativo do rs


Guadua trinii - Bambu nativo do RS

Reproduzo a seguir uma série de fotos obtidas  na região de Eldorado do Sul, RS - Brasil, a partir de algumas ocorrências com o Guadua trinii. Esta espécie é bastante incidente na área centro leste do estado. O objetivo destas fotos é o de auxiliar a identificação deste bambu pelos integrantes dos Grupos de Bambu e dos meus amigos deste blog.


Abaixo estão dispostas algumas fotos de detalhes deste bambu, que é bastante utilizado pelos indígenas para fazer cestaria. Como se trata de um bambu de diâmetro reduzido(max. 7cm aqui na região) não chega a ser muito utilizado para outros usos como construção de moradias e móveis rústicos.

 
Por ser um bambu de difícil manuseio quando dentro dos matos seu uso se torna mais restrito. Sua parte basal mais espessa é pouco densa e é um bambu que fácilmente é atacado pelos insetos xilófagos mais comuns. Esta amostra das fotos foi depositada sem tratamento, para verificar a durabilidade e foi atacada tanto por bostriquídeos como pelo C.annularis(Tigre do bambu).
  
 
Abaixo algumas fotos da brotação que tem uma apresentação exuberante com tonalidade avermelhada que proporciona bonitas fotos. A foto da esquerda se pode ver o broto ao lado de uma vara adulta que tem uma aparência acinzentada pela presença de uma penugem por todo o colmo e que se intensifica ao redor dos nós(como característica de todos os Guaduas). Na área dos nós normalmente se encontram até 2 espinhos longos( com 2 até 8cm ou mais) quando dali não sai uma ramificação. Os "espinhos" se tratam de ramificações que não se desenvolveram.
 
 
 
A seguir, as fotos dos colmos com sua aparência rugosa e áspera com os nós esbranquiçados característicos da espécie Guadua


 
Abaixo algumas fotos de um colmo de aprox. 5,6m com cerca de 6cm de diâmetro com algumas medidas dos entrenós na base e na parte aérea do colmo com ramificações e detalhes significativos.

Na minha coleção tenho diversos bambus do gênero Guadua(7), porém esta espécie nativa bem como o Guadua tagoara(Mata Atlântica) não são fáceis de serem reproduzidos fora de seu habitat.
Embora tenha alguns exemplares destes posso atestar a dificuldade de produzir mudas e transplantá-las fora de seu ambiente.
O G. trinii embora sendo regional da área que estamos é muito difícil  de se fazer transplante para outro local mesmo que dentro da mesma área.

 Medida do comprimento da amostra.


 
 
 
 
Fotos abaixo de uma touceira em seu habitat. Normalmente estão localizadas nas proximidades de valos com algum fluxo de água, sempre em local protegido por outras árvores de forma que possam também apoiar seus ramos pendentes. A aparência das touceiras na base não são bonitas. Acumulam suas bainhas dos entrenós mais baixos, por durante um longo tempo e estas ficam colabadas a base mesmo depois de deterioradas, o quer lhes dá um mau aspecto. Esta foto abaixo exemplifica esta situação. Se as touceiras forem limpas e aparadas e retirados os espinhos e ramificações, até aprox. 2m de altura, poderão ter uma melhor aparência de forma a se tornarem"domesticadas".

 




 Medidas comparativas do diâmetro

   Ramificação e espinhos - Estes espinhos é uma outra característica da espécie Guadua.

 
 
Os espinhos são galhos que atrofiaram


Abaixo, uma touceira muito bem desenvolvida na época de pleno desenvolvimento, que se dá após a brotação no período março/abril aqui nesta área (centro-leste do RS).
A aparência das touceiras do lado de fora dos matos é muito bonita, pois seus ramos são apoiantes e saem para fora dos matos onde as touceiras se encontram, expondo seus ramos esverdeados de folhagem intensa.